ENTENDEREI...
As vezes...
Quando um acorde enigmático, de um sol qualquer, de qualquer dezembro
me desperta e surpreende, olho a natureza que me cerca, e entendo que,
o vento balançando os galhos secos, insistente, me diz não...
Entenderei as estações,
assim como,
entenderei o sopro do vento forte, do norte,
esparramando pássaros no meu céu,
e folhas secas, no meu chão.
Entenderei tudo,
menos a minha dor,
de estar longe de ti.
Entenderei os abismos que nos separam,
mesmo que eles, profundos, decidam confundir as montanhas,
só não entenderei a distância que nos separa,
porque ela é abismo e montanha entre mim e ti.
Entenderei os outonos,
que de mim tomarem conta,
e de, qualquer forma,
inventarei sempre primaveras para o meu coração...
Pois os botões que se fizeram espera,
agora, decididamente, florescem nos galhos cecos,
prometendo mudanças.
E... Com o primeiro verde,
que na paisagem morta surge,
já faz renascer em mim,
uma nova e doce ilusão...
Uma esperança... Criança!
Feito flores se abrindo,
numa nova primavera,
para o meu coração.
NENA
(nunca soube se é de autoria própria ou carinhosamente
garimpado à aquele momento muito especial de nossas vidas)