SER... SIMPLESMENTE.
Teus lábios entre-abertos, num misto de sorriso e segredo.
Uma lágrima que brota, brilho de toda luz, tanta esperança!!!
Quanto medo!?!
Tudo que sabia... Apenas sabia.
É agora tudo incertezas... Perguntas sem respostas!
Veneno delicioso de paixão que mata... Mata, revigorando a
própria vida na plenitude de um amor imaturo.
Dói... Ah!!! Como é doce essa dor que explodi o coração feito
flor desabrochando na essência da beleza, com a maldade do
espinho... Ah!!! Suave carinho!
É o trem da vida partindo, sem destino, perdido... Sem certeza
nem vontade de voltar, Só viajar...
Num Imensurável sonho de magia.
De nada mais sei... Eu sei.
Nos caminhos escuros de minha vida louca, fê-se você em luz
esplendorosa a guiar-me cego por ai... Sem eiras, fazendo malabarismo
no meio fio entre o paraíso e o caos...
Bem me quer... Me quer mal!?! Me resgata aos céus, ou me acorda deste
sonho lindo e profundo...
É cedo demais pra julgar, compreender... Muito tarde pra te esquecer!
Deixa fluir, simplesmente, seguir... Este caso estranho de amor platônico,
meu tônico de viver, sem ser... Do jeito que se imagina, mulher e menina,
Me ensina não te amar... Me deixa voltar à aquela velha estação!!!
Sem ida... Sem vida.
Deixa-me caminhar, entre as ferragens de trens que sequer viajaram uma
única vez... Deixa-me, simplesmente...
Ser.
Geraldo/2002.