Sou uma folha morta,
Em temporais de abril...
Um estranho em cada porta,
feito veneno no rio...
Uma faca que não corta...
Ou amor que já partiu.
Sou semente esquecida...
Em solo campo minado,
superando a anti-vida...
Morrendo amordaçado.
Cão, lambendo a ferida,
Em multidão plena... Ilhado.
Nos pontos de encontro da vida...
maldito será meu nome,
Feito palavra esquecida...
Que a própria história consome,
Resto qualquer que jogamos...
Na passarela da fome.
GERALDO.
Amei a maneira que escreves, a licença que usa é sutil e harmoniosa. Parabéns!
ResponderExcluirbette vittorino